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  • Foto do escritorElisa Lerch

Corante caramelo e sua toxicidade

Atualizado: 19 de nov. de 2021

O caramelo IV é uma substância resultante do aquecimento de carboidratos na presença de sulfitos e compostos de amônia, esse caramelo é utilizado como corante em misturas para bolos, produtos de panificação, doces, refrigerantes a base de cola, rações para animais etc. O 4- metilimidazol é um subproduto proveniente da caramelização dos corantes caramelos tipo III e o tipo IV, que é detectado em níveis altos de toxicidade em produtos como, refrigerante de cola, chá gelado, whisky, bebidas de malte, cervejas escuras, alguns molhos, xaropes, sobremesas lácteas.


Brasil é o país que utiliza a maior quantidade do corante caramelo nas bebidas de cola. Foto: Idec

A Anvisa afirma que a ingestão diária do caramelo IV é de 200g por kg de peso corpóreo . Estudos a acerca da toxicidade do subproduto são divergentes, nenhum mostrou com clareza os possíveis mecanismo de ação tóxica deste composto na indução de tumores nos modelos analisados. Internacionalmente, o seu uso em bebidas não alcoólicas é permitido dentro do limite máximo de 50.000 mg/kg ou seja 5% do produto, esse limite foi estabelecido pela Comissão do Codex Alimentarius em 2009 e consta da sua norma geral de aditivos alimentares.

Já o estudo realizado pelo Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos apontaram efeito cancerígenos do 4-MI, o que fez com que a Agência Internacional de Pesquisa para Câncer (IARC) e a Organização Mundial da Saúde(OMS) incluísse o 4-MI na lista de substâncias cancerígenas. Foi apontado que sua grande concentração no organismo poderia acarretar o surgimento de câncer no pulmão, esfôfago e até mesmo leucemia. O CSPI fez uma lista de quais países mais utilizam essa substância como ingrediente nos refrigerantes de cola e o Brasil está em primeiro lugar, 267 mcg

a cada 355 ml de bebida.

A finalidade do corante é apenas da cor e poderia ser extinto da composição desses alimentos outra solução seria os indivíduos optarem por não consumir os alimentos que possuam esse subproduto nos seus ingredientes, evitando assim futuros problemas, mesmo que os estudos ainda não tenham sido finalizados sob a relação do 4-MI com o câncer.


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